segunda-feira, 8 de novembro de 2010





A imaginação é nossa vontade de caçoar da realidade. Às vezes acho que o plano real é muito mais virtual do que a própria imaginação. Me parece que somos tão programados. Imitando os jeitos e treijeitos do amigo ao lado, seguindo as normas e convenções. Mesmo quando somos contraventores, rebeldes, temos perfeita noção de que os estamos sendo. Nessas horas liberdade me soa uma mentira.
Mas quando dormimos, não. Sonhar nos é inerente. É incontrolável. Todas a 'verdades' são postas à prova. Nossa mente brinca, ri, caçoa da nossa percepção do real. Ela é menina, moleque... gosta de nos dar sustos e pregar peças. Mas é também pura e doce e pode nos trazer as mais lindas sensações. Posso ser verde. Ter asas. Duas cabeças ou cabeça nenhuma. Posso ser eu, posso ser ele, posso ser todos. Posso até não ser. Mas sinto. Sinto livremente todas as sensações e vontades que surgem. Sinto em absoluto. Sinto plenamente.
E aí já acordada eu me pergunto: Será que sonhar não é a coisa mais real do mundo?