segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Mas da próxima vez que eu for a Brasília, eu trago uma flor do cerrado pra você


A poeira que sobe vermelha

e rouba o ar do pulmão

gruda na pele, na roupa e nos olhos

e deixa tudo vermelho junto

que me lembra que nessas terras que eu explorei

eu deixei um pouco de saudade

deixei saudade nas pedras que subi pra descansar dos rios

e nos rios que mergulhei cheios de terra

essa mesma terra vermelha que agora vira pó de lembranças

que corre vermelha junto com meu sangue

e que assenta,
enfim, dentro do peito

e encontra terreno no meu coração


Nenhum comentário: